Depoimentos

O impacto da oralidade griot nas mudanças de realidades

Com Nina Novaes – Baiana, Produtora Audiovisual e de Impacto, faz parte do grupo fundador da Tv Kirimurê.

Através da investigação do passado, em observância das ações presentes, unificando saberes ancestrais a novas tendências e tecnologias com foco nas construções coletivas  sócio culturais, para deixar caminhos abertos e um legado histórico para as próximas gerações.

Reflexões sobre a série documental ‘Comida aqui é Mato!’ e a cultura alimentar na Bahia.

Com Alício Charoth – chef baiano e pesquisador e Jon Lewis – diretor da Mangaba Produções

Como se torna cada vez mais presente a preocupação da sociedade com a saúde alimentar e qualidade de vida, a visão original do projeto ‘Comida aqui é Mato!’ parte da ideia de que a valorização da culinária envolve produtos com base em insumos locais. O diretor Jon Lewis e o Chef e Apresentador, Alicio Charoth refletem sobre a série, que agora terá direito de uma segunda temporada em 2024.

Fundamental para essa visão é o protagonismo das comunidades, especialmente comunidades indígenas e quilombolas que, ainda, lamentavelmente sofrem perseguição das forças do capitalismo.  Um dos episódios destacou o quilombo de Caipora e sua líder, Dna. Bernadete, que foi brutalmente assassinada na casa dela.

Neste sentido, a comunidade busca através de uma vaquinha, enfrentar as dificuldades advindas de sua falta.

Agricultura e hortas urbanas: sustentabilidade com comida de verdade e o fortalecimento da economia circular 

Com Gabriel Hirata – assessor técnico da RMR do Centro Sabiá e da AUP RMR (articulação de agroecologia e agricultura urbana e periurbana da RMR)

A economia local e de circulação financeira nos bairros. E as vantagens de se ter essa cadeia mais curta de consumo na economia, na segurança alimentar e saúde e para o meio ambiente.

Comunidades que Sustentam a Agricultura (CSA): economia viva ligando o campo e a cidade

Com Geraldo Gomes – agricultor e quilombola e Wagner Santos – cofundador da CSA (Comunidade que Sustenta a Agricultura)

De onde vem a comida que você come? A CSA é um movimento mundial de economia associativa, que busca transformar a lógica de mercado envolvida no simples ato cotidiano de… comer. Quem participa adquirindo os alimentos não se chama consumidor, mas sim co-agricultor: este paga um valor mensal a uma família agricultora, para que produzam alimentos orgânicos variados; e em troca recebe semanalmente uma cesta desses alimentos, sem escolher o que vem. É um processo que respeita o tempo da colheita, que dá previsibilidade ao agricultor e elimina os atravessadores de mercado.

A movimentação musical comunitária-circular da Reverbo e os caminhos da canção em Pernambuco

Com Mary Lemos – gestora cultural, produtora e cineasta

Reverbo é música, é movimentação, é afeto. A produtora e cineasta Mery Lemos está no DNA deste projeto e conta a história da consagrada mostra de canção autoral pernambucana que desenvolve um trabalho importantissimo para o cenário da música brasileira. Há uma articulação coletiva-circular de fortalecimento dos artistas entre si, através de parcerias, participações especiais e/ou apenas frequência dos shows de cada um. 

Começo, meio e começo: a arte/cinema como processo e como caminho para a circularidade a partir da territorialidade

Com Kalyne Almeida – realizadora audiovisual, professora de Comunicação e Cinema 

O lugar importa. O território importa. Como pensar modos de produção de dentro para dentro e de dentro para fora? Como pensar novos modos de produção com a finalidade da circularidade (da vida)?  O caso da vivência cinematográfica no Porto do Capim em João Pessoa.

Produção fonográfica e audiovisual como ferramentas para o repatriamento digital em comunidades tradicionais do Recôncavo

Com Cássio Nobre –  historiador e doutor em etnomusicologia pela UFBA

O produtor cultural e etnomusicólogo Cassio Nobre apresenta o trabalho da Couraça Criações Culturais, uma produtora cultural baiana criada em 2016 que atua na gestão de projetos de pesquisa e produção musical e audiovisual, com ênfase na valorização do patrimônio cultural imaterial e das expressões de matriz africana no Brasil, em interface com a contemporaneidade. Desde a sua fundação, a Couraça Criações Culturais vem sendo premiada em diversas seleções nacionais, a exemplo do IV Prêmio Afro (2017), Rumos Itaú-Cultural (2018) e Prêmio Funarte RespirArte (2020). Em sua curta trajetória, a Couraça Criações Culturais já realizou o lançamento de 4 livros, 10 álbuns digitais, 30 videoclipes e 4 filmes documentários. Dentre os projetos realizados pela instituição destacam-se o projeto “Memórias Afro-Atlânticas”, uma iniciativa de repatriamento digital de acervos sonoros e fotográficos recolhidos no início da década de 1940 entre várias comunidades do candomblé baiano em Salvador e no Recôncavo Baiano. Tais iniciativas de reposicionamento de pesquisas e iniciativas de produção cultural sobre a diáspora africana na Bahia têm sido consideradas pela imprensa e pela comunidade científica em geral como sendo de extrema relevância para o fortalecimento das identidades afrobrasileiras, levantando importantes reflexões sobre o repatriamento cultural, as humanidades digitais e o desenvolvimento de tecnologias sociais em comunidades tradicionais do Recôncavo Baiano.

Rafael Amorim

Guila Xucuru

Julia Webber

Edson Grandisoli

Flavio Ribeiro

Marisa Del Toro